terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O Capitão Lampião e Seus Compadres: Coiteiros e Alcoviteiros do Cangaceiro, de Serra Talhada. Os Coiteiros Vinham da Bahia, Sergipe, Alagoas, Ceará, Paraiba, Pernambuco,.. Todos a Troco do Dinheiro e da Suas Sobrevivençias e dos Seus Escalpos.

(Coiteiro Pedro de Cândido é o da Esquerda o da Direita é um Comerciante de Piranhas)


(O Fazendeiro Cearense Antonio da Piçarra, na Santa Paz de Sua Casa Com Seu Cachorro Estimado)

O mais famoso “coiteiro” foi Pedro de Cândida - (e não Pedro Cândido ou Pedro de Cândido), segundo D. Cyra Bezerra em conversa com este autor. Corroborado, também, por Araújo (1985 p. 238), nesta assertiva. - Quando este levou o Tenente Bezerra e sua coluna para o “coito” de Lampião na grota do Angico na manhã (5h30) de 28 de julho de 1938, onde o mesmo pereceu - juntamente com Maria Bonita e mais 9 cangaceiros - em cruento combate.

Seus coiteiros mais importantes foram Antônio da Piçarra, de Brejo Santo (estado do Ceará), Ângelo da Jia, de Tacaratu (estado de Penambuco), “Coronel” Marçal Florentino Diniz e Laurindo Diniz, ambos de Princesa Isabel (estado da Paraíba), Marcolino Pereira Diniz, dos Patos de Irerê e também da região limítrofe da Paraíba com Penambuco. A repressão aos agentes patrocinadores do cangaço, principalmente após a tentativa de saque a Mossoró, é destacada por Mello (1985, p. 116), quando relata que;

Fotos Inéditas, de Dona Jacosa Vieira do Nascimento: Avó Materna, de Virgulino Ferreira da Silva "Lampião" Fotografias da Casa Onde Nasceu, Lampião e da Fazenda dos Avós Com Quem Morou, Quando Criança.

  (Dona Jacosa Vieira do Nascimento: Avó de Lampião)
 (Duas Antigas Poses do Jovem Virgulino com 10 e 20 Anos)
(Foto da Fazenda Passagem das Pedras: Onde Nasceu Lampião. O Sr. que aparece na foto era o vizinho Afonso da Silva foi quem indicou o lugar das ruinas )
(Propiedade de: José Ferreira da Silva e Maria Selena da Purificação, Pais de Lampião)
(Foto da Fazenda, Poço do Negro Propiedade de: Jacosa Vieira do Nascimento e Manoel Pedro Lopes Avós de Virgulino)
(Capitão Lampião Foto em 1936 em Seus 38 Anos de Idade)


 
Curiosos Sempre Perguntam Por que  não Fotos dos Pais de Lampião? A Resposta é Porque Foram Assassinados. E não Sabiam que  teriam o Filho que Tiveram. Uma Mistura de Mito Herói e Bandido. Lampião Assombro do Sertão, ou Alegria dos Carrascais nas Caatingas Sertanejas. Sempre Polemico Para Quem Pesquisa ou se Atreve a Conhecer o Tema Cangaço.
Lampião Teve a Sua Família Execrada Pela Policia e Coronéis  de 8 Estados Nordestino. Virgulino Quando Entrou Pro Cangaço, Chamou  Atenção de um Sociedade Por Inteiro.      

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Enterro Bizarro e Macabro: Com Só as Cabeças dos Defuntos. Assim foi o Enterro de: Lampião, Canjica, Azulão, Maria Bonita e Corisco. em Salvador Bahia no Dia 6 de Fevereiro de 1969.

(Foto acima: o Legista Sepultando a Cabeça do Cangaceiro Zabelê)
(Observação! no Tamanho das Úrnas Mortuária Compartemento só Para uma Cabeça)

Durante muito tempo, as famílias de Lampião, Corisco e Maria Bonita lutaram para dar um enterro digno aos seus parentes. O economista Silvio Bulhões, em especial, filho de Corisco e Dadá, empreendeu muitos esforços para dar um sepultamento aos restos mortais dos cangaceiros e parar, de vez por todas, essa macabra exibição pública. Segundo o depoimento do economista, dez dias após o enterro do seu pai violaram a sepultura, exumaram o corpo e, em seguida, cortaram-lhe a cabeça e o braço esquerdo, colocando-os em exposição no Museu Nina Rodrigues.

O enterro dos restos mortais dos cangaceiros só ocorreu depois do projeto de lei no. 2867, de 24 de maio de 1965. Tal projeto teve origem nos meios universitários de Brasília (em particular, nas conferências do poeta Euclides Formiga), e as pressões do povo brasileiro e do clero o reforçaram. As cabeças de Lampião e Maria Bonita foram sepultadas no dia 6 de fevereiro de 1969. Os demais integrantes do bando tiveram seu enterro uma semana depois.

Virgulino morreu aos 41 anos de idade. No entanto, contabilizando-se os riscos enfrentados durante 20 anos de cangaço, a alimentação incerta, as emboscadas, os ferimentos, a falta de assistência médica, entre outros, pode-se afirmar que o rei do cangaço viveu mesmo muito tempo. Vale registrar, por outro lado, que Lampião e Maria Bonita possuem parentes próximos em Aracaju: sua filha, Expedita, casou com Manuel Messias Neto e teve quatro filhos (Djair, Gleuse, Isa e Cristina).

Lampião Assalta a Residência da Baronesa da Cidade Água Branca Alagoas. No Dia 25 de Maio de 1925. Lampião Manda Bilhete Pedindo Ajuda a D. Joana, e Não é Atendido, Invade o Palacio e Toma a Força.


Virgulino Ferreira "Lampião"
                 3º da esquerda pra direita com seta vermelha – É o  Padre que batizou Lampião.
Foi no dia 25 de Maio de 1925. Lampião e Sua Cabroeira Imvadem e Toma de Assalto o Palacete da Senhora  Joana de Siqueira Torres. Viúva do Barão Acú-Torres: Dona Joana Conhecida Como a Baronesa de Água Branca....
Como ainda não dispunha de recursos que pudessem sustentar seu pessoal, mandou pedir certa quantia em dinheiro à Dona Joana Vieira de Siqueira Torres, baronesa de Água Branca, para a compra de provisões. Feita a colaboração, ela jamais seria incomodada novamente, nem por ele nem por qualquer um outro do cangaço; teria mandado dizer-lhe. A Senhora de Água Branca – município ao qual pertencia a Vila de Piranhas – entretanto, não atendeu ao seu pedido e, pior: mandou um recado desaforado pelo mesmo portador endereçado àquele que tentou extorquir de suas posses: “Diga a seu chefe que o dinheiro que tenho é para compra de munição com a qual pretendo arrancar-lhe a cabeça”. Depois, para se prevenir, pediu ao Governo da Província que mandasse reforçar a guarda de seu território com uma força policial mais equipada de homens e armas. Ao ouvir do mensageiro o recado da Baronesa, Lampião virou-se numa fera bravia, com vontade de esganar. E logo quis dar o troco: mandou comprar algumas redes e as preparou segundo os costumes locais de carregar mortos, onde um madeiro é colocado de um punho a outro, sendo carregado nos ombros por dois homens robustos. Preparou tudo com esmerado cuidado, seus homens vestindo-se como pessoas comuns do lugar, com roupas simples e chapéu de palha, descalços, ou arrastando sandálias leco-leco. Fuzis, punhais e cartucheiras eram carregados no lugar onde deviam estar os mortos, enrolados em panos untados com groselha para aparentar sangue, dentro das ditas redes. Dirigiram-se esses à porta da delegacia de polícia e, aos berros, um dos cabras, disfarçado, gritou para o soldado de plantão: “acuda, praça! Mande gente lá para as bandas do povoado da Várzea, que a cabroeira de Lampião está acabando com tudo ali; mataram estes daqui e ainda há mais gente morta aos montes. Ande depressa, homem de Deus!”O despreparado soldado chamou imediatamente o corneteiro, que tocou reunir. Foi o momento propício para a execução do plano de Lampião: as armas foram retirados das redes e empunhadas contra o pelotão policial, que já estava perfilado, pronto para sair à procura dos bandidos. Aí, enquanto a polícia era rendida, outra parte do grupo já havia entrado na cidade e agia no saque à casa da Baronesa. Irreverente, Lampião foi até ela e, fitando-a com severidade, soltou o vozeirão: - Então, Senhora Baronesa, vai arrancar-me a cabeça agora? Venha, vamos dá um volta pela cidade para que vosmecê e todos daqui saibam qui cum o capitão Virgulino não se brinca nem se manda recado desaforado”. E fez a respeitável senhora, dona de notório prestígio público, segurar seu braço e andar assim com ele desfilando pela cidade. – (este foi o primeiro de um sem-número de assaltos cometidos pelo bando de Lampião. Aconteceu em 28/06/1922, poucos dias depois que tinha assumido o comando do grupo de Sinhô Pereira, jovem ainda, aos 25 anos de idade).

Literatura Ssobre: Padres, Beatos, Coronéis, Sertanejos, Fanáticos e Cabras da Peste. Livro: Dossiê Confidencial do Padre Cicero e Floro Bartolomeu: Lançado em 1994.em Brasilia.

Livro. Dossiê Confidencial do Padre Cicero e Floro Bartolomeu; As Escritoras  Cearenses  da Região do Cariri,  Fátima Menezes e a Secretária Particular do Padre Cicero, Dona Generosa Alencar. Juntamente, Escreveram um Documentário Fantástico Sobre o Reverendo do Povo,  e Seu Amigo e Protetor.  O  Médico e Rábula Baiano Floro Bartolomeu. Tesouros São Revelados no Dossiê Acima. Lançado em 1994 no Destrito Federal Pelas Autoras.

Literatura sobre Lampião e o Cangaço: Livro da Pernambucana da Cidade de Cabrobó, Aglaé Lima de Oliveira. Lançado em 1970 no Rio de Janeiro Capital.

Lampião Cangaço e Nordeste. Lançado no Rio de Janeiro em 1970. Um Grande Primor da Matéria Chamada Cangaço. Aglae Lima de Oliveira, Pernambucana da Cidade de Cabrobó. A Escritora e Pesquisadora Passou, mais de ano na tv Tupi no Progama de J. Silvestre, Respondendo Sobre a Vida de Lampião e Maria Bonita. Vale a pena Telo na estante,  o Romance acima.

Literatura de Lampião e o Cangaço: Livro A Misteriosa Vida de Lampião, Uma Obra Prima do Historiador Cearense, Cicinato Ferreira Neto. Lançado em 2010

Cicinato Ferreira Neto: 39 Anos Historiador Cearense, escreveu vários temas sobre o Cangaço. Cicinato agora nos brinda com esta obra prima do cangaço “A misteriosa vida de Lampião” lançado em Fortaleza no Ano de 2010. Impressionante a pesquisa feita pelo autor para chegar a conclusão deste maravilhoso romance nordestino. Parabens ao amigo historiador e pesquisador Cicinato Ferreira Neto.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Literatura Sobre Lampião e o Cangaço; Revista em Quadrinho Igapó: o Ataque Desastrado de Lampião e Seu Bando a Cidade de Mossoró Rn... Sobre o Suicida Comando, do Ambicioso Masilon. Uma Obra Prima do Cartoom.

revista igapó lampião em quadrinhos.
foto do ambisioso cangaceiro Masilon

retrato da cabroeira que atacou mossoró

Lampião só reconheceu ter sofrido uma única derrota em vida: em 13 de junho de 1927, quando foi posto para correr de Mossoró. "Foi quando se viu que ele não era invencível", afirma o pesquisador Kydelmir Dantas, presidente da Associação Brasileira de Estudos sobre o Cangaço - Sbec. Tanto que, após o episódio, o cangaceiro tomou um chá de sumiço. "Ele desaparece de qualquer registro histórico por um ano. Lampião também deixa de atuar nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Só em 28 que se têm notícias dele, pelos lados do Raso da Catarina, na Bahia." 


domingo, 19 de fevereiro de 2012

Chuvas e Enchentes, no Sudeste, Esplendor e Beleza, no Nordeste. Vamos na Trilha de Lampião: Belas Paisagens e a Força da Cachoeira...Delmiro deu a Idéia Apolônio Aproveitou,Getúlio fez o Decreto e Dutra Realizou...Luiz Gozaga e Zé Dantas.






Visita  ao Oasis Sertanejo, Cachoeira de Paulo Afonso, no Semi-Árido do Norte Nordeste Baiano. Guilherme Machado e o Amigo, o Empresário da Cidade de Miguel Calmon Bahia, Vicente  Micucci Junior “ Micuccinho” Com  Esposa e Filhos. Os  Micucci Vieram Pela Primeira Vez a Paulo Afonso. Em Busca de Conhecimento da História de um Povo. Terras Por Onde Reinou:  Delmiro Gouveia, Apolônio Sales,  Lampião, Castro Alves, Tobias Barreto e por Último Cantou e Decantou o Poeta do Povo, o Rei do Baião Luiz Gonzaga... Onde o Rei do Baião e Seu Parceiro Zé Dantas,  Faz uma Bela Homenagem, a Cachoeira de Paulo Afonso...  Foi  Aqui que Outro Rei, o Então Rei do Cangaço, Lampião, Encontrou o Grande Amor da Sua vida, Maria Bonita,   no Povoado Malhada da Caiçara, Rumo ao Estado de Sergipe.  Aonde   Anos  Mais Tarde Vieram o Casal de Cangaceiros a Morrerem em Poço Redondo Se.  Em 1938.  Acima Ver-se Lindas Paisagens da Cachoeira  Juntamente Com a Primeira Usina de Angiquinho  Obra do Coronel  Delmiro Gouveia e o Seu Aliado Engenheiro Civil Apolônio Sales. Ver-se Também os Visitantes Acima Citados. Vamos Ler Mais Abaixo a Letra da Música de Luiz Gonzaga e Zé Dantas. Ver-se Também   Foto de Lampião em 1930 Quando Conheceu Maria Bonita.Tambem Ver-se Placa Comemorativa da Visita de D. Pedro ll a Cachoeira de Paulo Afonso em 1859. Vista da Bela Igreja de São Francisco Patrono da Chesf. (Companhia Hidro Eletrica do São Francisco. 

  Luiz Gonzaga e Zé Dantas
Paulo Afonso
Baião, 1955
Delmiro deu a idéia
Apolônio Aproveitô
Getúlio fez o decreto
E Dutra realizô
O presidente Café
A usina inaugurô
E gracas a esse feito
De homens que tem valô
Meu Paulo Afonso foi
Sonho
Que já se concretizô

Olhando pra Paulo Afonso
Eu louvo nosso engenheiro
Louvo o nosso cassaco
Caboclo bom verdadeiro
Eu vejo o nordeste
Erguendo a bandeira
De ordem e progresso
A nação brasileira
Vejo a industria gerando riqueza
Findando a seca
Salvando a pobreza

Ouco a usina feliz mensageira
Dizendo na força da cachoeira
O Brasil vai, o Brasil vai
O Brasil vai, o Brasil vai
Vai, vai, vai, vai, vai, vai

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Literatura Sobre Lampião e o Cangaço: Lampião de A a Z: do Professor e Pesquisador. Paulo Medeiros Gastão. Membro Fundador do SBEC. (Sociedade Brasileira de Estudo do Cangaço) Ano 2011

O Mais Novo Trabalho do Professor, Escritor, Pesquisador e Fundador do SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, Paulo Medeiros Gastão...
Um Belo Livro:  de Versos Curtos em Sextilhas e Quadras em Ordem Alfabética Temático Com Muitas Rimas,  Dicionárias Épica. e Muito Explicativos,  Oriundos do Sertão. Uma Obra Prima Nordestina, do Foclore Cascudense,  Criado nos Carrascáis  Cearence.
( Bem Vindo Mestre )

Literatura Sobre Lampião e o Cangaço: O cearense Leonardo Mota (1891-1948) foi jornalista e um dos maiores pesquisadores das coisas do Nordeste. Não o encantava nem ouro e nem prata – abriu mão de uma vida tranquila de dono de cartório -; dedicou-se a percorrer os sertões colhendo palavras. Ano 1930


O cearense Leonardo Mota (1891-1948) foi jornalista e um dos maiores pesquisadores das coisas do Nordeste. Não o encantava nem ouro e nem prata – abriu mão de uma vida tranquila de dono de cartório -; dedicou-se a percorrer os sertões colhendo palavras e histórias diretamente da boca do povo, registrando-as em em seus livros.
Em “Nos tempos de Lampião” [1930] ele escreveu, na primeira parte do livro, histórias sobre o mais famoso cangaceiro que percorreu os sertões nordestinos.
São estas histórias, 11 no total, que vou reproduzi-las neste blog, já que a última edição do livro [a que vocês veem ao lado] é de 1967 – e não foi mais republicado.
O título desta primeira história é “O príncipe”, referência a Lampião. Observem – principalmente os estudantes de jornalismo – que a descrição inicial que o mestre Leonardo Mota faz, tem 224 palavras, antes que ele pingue o ponto final.
Qualquer manual de redação condenaria uma exorbitância dessas. Mas vejam o ritmo, o encadeamento das palavras, que não deixam o leitor se perder, algo que inevitavelmente aconteceria com alguém menos hábil para manejar o vernáculo

O príncipe
AMULATADO e de estatura meã; magro e semicorcunda; barba e nuca ordinariamente raspada; cabelos compridos e, sempre que é possível, perfumados; na perna esquerda, encravada, uma bala, com que o alvejou o sargento Quelé, da polícia, paraibana; o olho direito, branco e cego, escondido pelos óculos pardacentos, de aros dourados; mãos compridas, que semelham garras; os dedos cheios de anéis de brilhantes, falsos e verdadeiros; ao pescoço, vasto e vistoso lenço de cores berrantes, preso no alto por valioso anel de Doutor em Direito; sobre o peito, medalhas do Padre Cícero, escapulários e saquilhos de rezas fortes; chapéu de cangaceiro, tipicamente adornado de correias e metal branco; ensimesmado toda vez que defronta uma turba de curiosos, folgazão quando entre poucos estranhos ou no meio de seus comparsas; não se esquecendo dum guarda-costa vigilante, à direita, sempre que desconhecidos o rodeiam; paletó e camisa de riscado claro, calças de brim escuro; alpercatas reluzentes de ilhoses amarelos; a tiracolo, dois pesados embornais de balas e bugigangas, protegidos por uma coberta e xale finos; tórax guarnecido por três cartucheiras bem providas; ágil como um felino, mas aparentando constante estropiamento e exaustão; às mãos o fuzil e à cinta duas pistolas “Parabelum” e um punhal de setenta e oito centímetros de lâmina: eis Virgolino Ferreira da Silva – LAMPIÃO – duende das estradas, assombração das matas e caatingas! Leonardo Mota.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Literatura Sobre Lampião e o Cangaço: Romance Lampião o Homem Que Amava as Mulheres; Do Romancista e Cineasta Daniel Lins. Ano 1997.

Em 1997 foi lançada, através da Editora AnnaBlume, a primeira edição do livro ‘LAMPIÃO, O HOMEM QUE AMAVA AS MULHERES – O IMAGINÁRIO DO CANGAÇO’.
Diferente dos demais trabalhos publicados sobre o tema quando aborda, sob vários aspectos, a questão da mulher no banditismo de uma maneira imparcial, objetiva, acadêmica, o professor doutor Daniel Lins expõe ao longo dos 26 capítulos, incluindo a vasta bibliografia, a presença e a influência da mulher no cotidiano do bando de Lampião e em outras situações da época. Maria Bonita, Sila, Enedina e tantas outras que viveram (ou morreram) em função do cangaço são abordadas e analisadas ao longo do livro.

“Meu filho, afaste-se das mulheres, elas deixam o guerreiro mole, os duros, não precisam de fêmeas. Para Sinhô Pereira, a única mulher a ser realmente respeitada e amada sem medida era a sua mãe. Santa, dedicada, conformada à lei do marido, ela deveria ser idolatrada, pois seu corpo, santificado pelo sentimento, eliminava a marca do pecado original, erro supremo de Eva. Ora, esse mal é também a consciência que significa emergência do sentimento. A consciência passa primeiro pela separação masculino/feminino, criando uma diferença potencial entre os dois sexos, entre o bem e o mal, entre Deus e a serpente, entre Deus e o diabo. Resultado de uma separação, de uma clivagem, de uma diferença no ser, a consciência é a perda do Um.
No começo era Adão: Homem-mulher, ele se bastava a si mesmo. É nesse sentido que a mulher era vista no cangaço – e ainda hoje, na sociedade masculina em geral – como portadora de sofrimento, luto, errância, insatisfação, infelicidade, divisão, enfraquecimento do tesão, do sexo aloprado, fratura da economia amorosa dos encontros viris.
Através de Eva, o homem conquistou a consciência, descobriu um pensamento, integrou a dualidade do bem e do mal, abandonando para sempre o estatuto de homem-natureza, homem-vegetal."
Doutor em Sociologia e Pós-doutor em Filosofia pela Sorbonne, psicanalista, Daniel Lins é professor do Departamento de Ciências Sociais da UFCE. É autor de mais de vinte livros, entre outros: “Lampião o homem que amava as mulheres”, “La Passion Selon Lampião”, “Antonin Artaud: O Artesão do Corpo sem Órgãos”, “Cultura e Subjetividades – Saberes Nômades”, “Sila: Uma Cangaceira no Divã”.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A História do Nosso Padim Padre Cicero, Envolvendo o Mundo Eclesiástico, Cangaceiros, Governantes, Revoltosos, Beatos, Politicos e Devoltos: Por Jorge Alfredo Bonessi e Guilherme Machado. Textos de Bonessi, Ilustrações e Pesquisas de Guilherme.


Padre Cicero e Virgulino Ferreira da Silva (lampião)


O Jovem Cicero e Sua Única Irmã D. Angélica.

A Fotografia do Padre Cicero Que Foi,Retirada da Prefeitura Por Ordem do Interventor Nomeado Após a Vitória da Revolução de 1930.

Dr. Floro Bartolomeu Médico, Rábula e Garimpeiro, Baiano da Cidede de Correntina.

Lider do Sitio da Baixa do Dantas. Beato José Lourenço, Preso Sob Acusação de Promover um Boi a Santo Milagreiro.

Bando de Jagunços Liderado Por Floro Bartolomeu,  Exibe um Canhão na Defesa do Juazeiro,  Contra as Forças de Luis Carlos Prestes.


Revoltosos da Coluna Prestes Liderados Pelo Lider Luiz Carlos Prestes, Ver-se Sentado ao Centro de Paletó Branco e de Barbas Negra.


O Batalhão das Forças Patrióticas Desfilam em Praça de Juazeiro no Intúito de Combaterem a Coluna Prestes

Rarissima Foto do Padre Cicero Cego e Muito Doente ao Lado do Doutor Mozart Cardoso de Aguiar.



No Dia Vinte de Julho de 1934 Morre Padre Cicero: E o Povo de Juazeiro da Adeus ao Padim Padre Cicero.

Padre Cícero e Lampião
Caro  Guilherme Machado - saude.
Envio ao amigo um resumo elaborado de minha autoria sobre o relacionamento entre Padre Cicero e Lampião - tema que no momento se discute pelos Grupos de Estudos do Cangaço. Se o amigo quiser  realizar algum comentário no  fique a vontade. Recomendações - abraço - Alfredo Bonessi - SBEC - GECC -Fortaleza-CE
 "Na oportunidade em que se fala nos Grupos de Estudos do Cangaço sobre  o Padre Cícero  de Juazeiro do Norte e Lampião, no relacionamento entre eles, depois de tudo que li sobre ambos e sobre a questão em foco, depois de  muitos estudos,  em várias obras,  resumo no seguinte:
 1-    O Padre Cícero era um padre católico em ligação com padres jesuítas. Isso contrariou a Igreja Católica porque já  na época do Império tanto  a Igreja Católica como a Maçonaria eram inimigas dos Jesuítas, instigação essa que se originou na corte Portuguesa Pombalina Maçônica com a destruição das Missões jesuíticas Espanhola na América e a ocupação por Portugal desses territórios. O Padre Cícero estava  no meio de uma fogueira, de uma guerra. Lembro que o movimento jesuítico era de libertação de Portugal  e  Republicano, portanto contra a Monarquia. Daí se beneficiou da Maçonaria que inicialmente era Monarquista e depois se tornou Republicana.
2-    Porque Juazeiro não caiu ?
- Porque ficou ao lado do Governo Federal  e o ajudou no combate a Coluna Prestes e também no posicionamento quando da intervenção no governo do Ceará, senão teria sucumbido como sucumbiu  Canudos, Sitio Caldeirão, Pau de Colher e tantos outros movimentos religiosos nordestinos.
3-    Quem mandava no Juazeiro ?
Com a chegada a Juazeiro de Floro Bartolomeu, um medico Baiano fugitivo, esse aos poucos foi assumindo o controle político local, passando de Vereador a Prefeito, Deputado Estadual e depois Deputado Federal. Com idade avançada do Padre esse poder político local foi passado a Floro Bartolomeu, tendo o Padre Cícero se afastado de certas decisões, dizendo: “agora tudo é com o homem”.  O Padre Cícero foi denunciado na Câmara Federal e lá estava Floro Bartolomeu defendendo o Padre e a cidade de Juazeiro. Floro escreveu até um livro sobre esse fato, onde narra até como deu fim ao culto ao Boi Sagrado que acabou num churrasco, confirmando que o Padre e a cidade nada tinha a ver com esse culto religioso. Floro também afirmou que o Padre Cícero não era líder de fanáticos como havia sido denunciado na Câmara.  Foi Floro que convocou Lampião por carta, morrendo logo a seguir.
4-    Com a chegada de Lampião a Juazeiro  o Padre Cícero não ficou nada satisfeito e reclamou da presença dele no Juazeiro e tratou logo de despachar Lampião pedindo que  fosse embora logo da cidade. O delegado quis prender os Cangaceiros, mas o Padre respondeu  que logo eles iriam embora  e com isso não haveria retaliação nenhuma contra a cidade por parte dos cangaceiros. O que foi feito. “ não quero esse tipo de gente aqui” teria dito o Padre Cícero.
5-    Lampião se armou e foi de encontro a Coluna Prestes. Avistou a coluna e viu o seu efetivo de mais de 3500 homens, armados, soldados experientes, e ouvindo o conselho dos demais cangaceiros abriu no oco do mundo. Nem 10 bandos de Lampião poderia fazer frente a tão poderosa coluna.
6-    Com a chegada de cada vez mais romeiros a cidade o Padre Cícero começou a ter problemas de acomodação com aquela gente toda e daí se dispôs a comprar terras e mais terras para fazer as acomodações, de tal maneira que pudesse  deixar ocupadas aquela quantidade enorme de pessoas pobres e humildes. Daí ter a posse de várias fazendas. Nessas fazendas havia enorme quantidades de todos os tipos de pessoas: jagunços, capangas, pistoleiros, guarda-costas, foragidos da justiça, bandoleiros, e muita gente de oficio, honestas mesmo que se dedicavam a lavoura e ao gado – algumas  das fazendas se tornaram rentáveis.  O pessoal fugitivo de Canudos e alguns chefes de lá foram ter a Juazeiro e ficaram responsáveis pela defesa da cidade, cavando o fosso de proteção ao redor da mesma. Mas não se pode considerar que o Padre Cícero alimentava as suas fazendas com todo tipo de gente convocada por ele para se tornar um  poderoso homem de negócios, um chefe de bandidos como eram os demais coronéis da região. Toda vez que havia um questão na região o Padre sempre optava pelo lado pacifico de acalmar as coisas, aconselhando ambas partes litigantes a  resolver em paz as pendências. Daí escrevia carta para uns, respondia cartas para outros, fazia pedidos em nome desse e daquele de tal maneira que a região ficasse em harmonia social e política.  Ele mesmo não gostava de receber uma enorme quantidade de romeiros, porque esse pessoal largava suas terras e moradias e vinham para Juazeiro e por lá ficavam ociosas e sujeitas a toda sorte de vicissitudes. Daí que a chegada dos romeiros  a Juazeiro era vista como uma grande preocupação para o Padre Cícero e não como motivo de satisfação por parte dele.
7-     Os familiares de Lampião vão morar no Juazeiro. Não vimos em nenhum livro que foi a convite do Padre Cícero e muito menos que o Padre protegia esses familiares. Acontece que na terra do Padre Cícero ele mantinha a ordem e a justiça local e ninguém iria perseguir ninguém por lá, muito menos os familiares de Lampião que não tinha culpa nenhuma por ele ter entrado no Cangaço. Sabemos que um dos contatos de Lampião com os seus familiares em Juazeiro era feito via Antonio da Piçarra que alem de fazer as compras de armas e munições nesse local ainda levava dinheiro de Lampião aos  familiares desse.  Com a traição de Antonio da Piçarra, essa  via de contato se desfez e não vi escrito outra forma de contato para com esses familiares. Lampião ainda tem uma irmã viva em São Paulo, ela poderá contar essa história melhor do que temos visto em livros por aí.
8-    Não temos registros que Lampião se confessou com o Padre Cícero – se isso ocorreu ficou em segredo. Não temos registros se Lampião deu contribuição a Igreja do Padre, se deu o Padre não aceitaria porque era dinheiro  roubado – comprometeria a reputação do Padre.
9-    Tivemos acesso ao inventário deixado pelo Padre Cícero  - tudo natural e normal.
10-Sabemos que o Padre, já  em avançada idade, teve uma morte
      muito dolorosa, sofrendo muitas dores até a chegada da morte.
     11-Sabemos também que o Padre Cícero  se espelhou na vida do
padre Ibiabina para cumprir o seu sacerdócio, mas isso já é
   outra História.
12- No mais a sua vida íntima e cotidiana  não sabemos  como era, ficou esse segredo  com quem o acompanhou de perto  por longos anos  em convivência diária, tendo a oportunidade de escutar seus planos, projetos, suas queixas e atribulações porque passou nesse lugar onde recebeu a sua cruz e que foi palco de seu calvário místico –religioso – social.  Padre Cícero  - Um mártir   de Juazeiro".
Atenciosamente
Alfredo Bonessi  09/02/2012

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O Lugar Tenente de Lampião: Por Ordem Dada ao Engenheiro Agronomo Federal: Pedro Albuquerque Uchôa; Eu Capitão e Meu Irmão Antonio, o Meu Lugar Tenente e Assim Foi Lavrado o Documento das Patentes do Batlhão Patriótico de Juazeiro do Norte Ceará. Assim Falou Lampião!


O Lugar Tenente de Lampião: Por Ordem Dada ao Engenheiro Agrônomo Federal: Pedro Albuquerque Uchoa;  Eu Capitão e Meu Irmão Antonio, o Meu Lugar Tenente e Assim Foi Lavrado o Documento das Patentes do Batalhão Patriótico de Juazeiro do Norte Ceará... Antonio Ferreira Irmão Mais Velho do Clã  Dos  Ferreira, Veio a Morrer em 1927 na Fazenda da Guia em um Acidente Envolvendo o Seu Grande Amigo Luis Pedro. Antonio Era Visto Dentro do Bando Por Lampião e o Resto do Bando Pelo o Primeiro Dos Três Mosqueteiros. Eram Eles Antonio Ferreira, Sabino e Antonio de Rosa.   As  fotos Acima e de Fonte do Jornal, Diário de Noticias da Bahia o Ano Foi em 1929.  

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A História do Cangaço e Seus Personagens: Pioneirismo e o Comêço da História do Banditismo no Nordeste do Brasil. Com a Saga dos Primeiros Algoz, a Exemplo, do Cabeleira 1776 a 1850. Lampião de.1898 a 1938. Corisco de 1912 a 1940 o Último...

Consta que o primeiro homem a agir como cangaceiro teria sido o Cabeleira, como era chamado José Gomes. Nascido em 1751, em Glória do Goitá, cidade da zona da mata pernambucana, ele aterrorizou sua região, incluindo Recife. Mas foi somente no final do século XIX que o cangaço ganhou força e prestígio, principalmente com Antônio Silvino, Lampião e Corisco.
Entre meados do século XIX e início do século XX, o nordeste do Brasil viveu momentos difíceis, aterrorizado por grupos de homens que espalhavam o terror por onde andavam. Eles eram os cangaceiros, bandidos que abraçaram a vida nômade e irregular de malfeitores por motivos diversos. Alguns deles foram impelidos pelo despotismo de homens poderosos.
Um famoso cangaceiro foi Lampião. Os cangaceiros conseguiram dominar o sertão durante muito tempo, porque eram protegidos de coronéis, que se utilizavam dos cangaceiros para cobrança de dívidas, entre outros serviços "sujos".
Um caso particular foi o de Januário Garcia Leal, o Sete Orelhas, que agiu no sudeste do Brasil, no início do século XIX, tendo sido considerado justiceiro e honrado por uns e cangaceiro por outros.
No sertão, consolidou-se uma forma de relação entre os grandes proprietários e seus vaqueiros.
A base desta relação era a fidelidade dos vaqueiros aos fazendeiros. O vaqueiro se disponibilizava a defender (de armas na mão) os interesses do patrão.
Como as rivalidades políticas eram grandes, havia muitos conflitos entre as poderosas famílias. E estas famílias se cercavam de jagunços com o intuito de se defender, formando assim verdadeiros exércitos. Porém, chegou o momento em que começaram a surgir os primeiros bandos armados, livres do controle dos fazendeiros.
Os coronéis não tinham poder suficiente para impedir a ação dos cangaceiros.
O cangaceiro - um deles, em especial, Lampião - tornou-se personagem do imaginário nacional, ora caracterizado como uma espécie de Robin Hood, que roubava dos ricos para dar aos pobres, ora caracterizado como uma figura pré-revolucionária, que questionava e subvertia a ordem social de sua época e região.
Cangaço foi um fenômeno ocorrido no nordeste brasileiro de meados do século XIX ao início do século XX. O cangaço tem suas origens em questões sociais e fundiárias do Nordeste brasileiro, caracterizando-se por ações violentas de grupos ou indivíduos isolados: assaltavam fazendas, sequestravam coronéis (grandes fazendeiros) e saqueavam comboios e armazéns. Não tinham moradia fixa: viviam perambulando pelo sertão brasileiro, praticando tais crimes, fugindo e se escondendo.
O Cangaço pode ser dividido em três subgrupos: os que prestavam serviços esporádicos para os latifundiários; os "políticos", expressão de poder dos grandes fazendeiros; e os cangaceiros independentes, com características de banditismo.
Os cangaceiros conheciam bem o Cerrado, e por isso, era tão fácil fugir das autoridades. Estavam sempre preparados para enfrentar todo o tipo de situação. Conheciam as plantas medicinais, as fontes de água, locais com alimento, rotas de fuga e lugares de difícil acesso.
O primeiro bando de cangaceiros que se tem conhecimento foi o de Jesuíno Alves de Melo Calado, "Jesuíno Brilhante", que agiu por volta de
1870, embora alguns historiadores atribuam a Lucas Evangelista o feito de ser o primeiro a agregar um grupo característico de cangaço,[1] nos arredores de Feira de Santana (em 1828), sendo ele preso junto com a sua quadrilha em 28 de Janeiro de 1848 por provocar durante vinte anos assaltos contra a população de Feira.[2] O último grupo cangaceiro famoso porém foi o de "Corisco" (Cristino Gomes da Silva Cleto), que foi assassinado em 25 de maio de 1940.
O cangaceiro mais famoso foi
Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, também denominado o "Senhor do Sertão" e "O Rei do Cangaço". Atuou durante as décadas de 20 e 30 em praticamente todos os estados do nordeste brasileiro.
Por parte das autoridades, Lampião simbolizava a brutalidade, o mal, uma doença que precisava ser cortada. Para uma parte da população do sertão, ele encarnou valores como a bravura, o heroísmo e o senso da
honra (semelhante ao que acontecia com o mexicano Pancho Villa).[3]
O cangaço teve o seu fim a partir da decisão do então Presidente da República, Getúlio Vargas, de eliminar todo e qualquer foco de desordem sobre o território nacional. O regime denominado Estado Novo incluiu Lampião e seus cangaceiros na categoria de extremistas. A sentença passou a ser matar todos os cangaceiros que não se rendessem.
No dia 28 de julho de 1938, na localidade de Angicos, no estado de
Sergipe, Lampião finalmente foi apanhado em uma emboscada das autoridades, onde foi morto junto com sua mulher, Maria Bonita, e mais nove cangaceiros.
Esta data veio a marcar o final do cangaço, pois, a partir da repercussão da morte de Lampião, os chefes dos outros bandos existentes no nordeste brasileiro vieram a se entregar às autoridades policiais para não serem mortos. Oservação: Os  Cangaceiro Que Aparece na Foto  Acima:  É Guilherme Machado e o Produtor  Cultural,  Manoel Messias de Oliveira (Galeguinho do Subaé
 

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Rarissima Fotografia do Irmão Não Cangaceiro de Lampião: João Ferreira dos Santos. A Foto foi Feita em 1968 em Propiá Se. Este muito Humilhado e Chantagiado Pelo Então Capitão, João Bezerra, em Propiá Sergipe.


Seu João Ferreira Recebeu a Noticia da Morte do Seu Irmão Virgulino  Dias Após  o Triste Passamento. A Principio  Não Acreditou Nos Boatos Que Corria. O Mesmo Aguardava Virgulino Para Uma Reunião de Família Assim Que o Mesmo Voltasse de Alagoas. Quantas Vezes Corriam o Boato da Morte do Rei do Cangaço. ”lampião foi morto em tal e qual lugar” tinha gente que jurava que viu o cangaceiro morto. Tempos  depois aparecia Lampião brigando espancando ou fugindo.  Uma  tarde  de sol em Propiá, Atracou no porto uma barca e saltaram em terra dois Oficiais um Major e um Capitão João Bezerra.  (Subira de posto pela façanha de angicos)  procuravam a casa do irmão de Lampião. Queria ter uma conversa com o irmão do assassinado  cangaceiro. O Capitão Bezerra foi logo ao assunto. Disse que não Admitia que o pobre lavrador não falasse em vingança senão!  E  qualquer  alusão nesse sentido o irmão teria o mesmo fim de Lampião.     

Juiz Aposentado, do Estado de Sergipe. Escreve Obra Prima, do Cangaço: Cangaceiros, Coiteiros e Volantes Autor: Doutor. José Anderson Nascimento, Ano 1998.




José Anderson Nascimento. Jurista. Historiador. Acadêmico. Sociólogo. Orador e Conferencista. Nasceu em
Aracaju-se, bacharelou-se pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Sergipe em 1969.
Teve militância na política estudantil. Colaborou nos jornais Gazeta de Sergipe, Sergipe Jornal e Diário de Aracaju. Dedica-se à advocacia desde os tempos acadêmicos, bem assim ao magistério, tendo inicialmente lecionado as disciplinas Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política Brasileira, nos colégios estaduais Presidente Castelo Branco e Costa e Silva e no Instituto de Educação Rui Barbosa. Foi secretário particular do Prefeito de Aracaju, Godofredo Diniz Gonçalves, no ano de 1963. Casou-se em 1966, com a advogada Luzia Maria da Costa Nascimento, hoje Defensora Pública de Aracaju e pós-graduada em Direit
o Público.
É um livro que relata a epopéia  do ciclo do cangaceirismo do Nordeste até o seu drámatico desfecho  com os assassinatos de Vírgulino Ferreira da Silva, o legendário "Lampião" e do seu vingador, Cristino Gomes, o temido "Corisco".
José Anderson do Nascimento oferece ao leitor uma visão rica e detalhada sobre essa fase da vida nordestinas, descrevendo,  com neutralidade, os acontecimentos que marcaram aquele turbulento espaço da história do Brasil.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Literatura de Lampião e o Cangaço: Livro Lampião Heroi ou Bandido? Autor Antonio Amaury Corrêa de Araújo & Carlos Elydio Corrêa de Araújo: Ano 2010.


Apesar de ter sido feita várias vezes, esta pergunta ainda não foi respondida de maneira definitiva. Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, é um dos personagens mais emblemáticos da história brasileira. Um mito. Este livro narra a trajetória deste sertanejo que marcou presença em nossa sociedade, por meio dos depoimentos dos que atuaram no drama do cangaço.Lampião herói ou bandido... Este Exemplar faz parte do Acervo do Portal do Cangaço da Bahia.